A Ocupação Cultural do
Dolores e a Festa Final na Praça do Elefante Vermelho
Salve Zona Leste. Este era o refrão cantado pelo povo
que lotou a praça ao lado do Metrô Artur Alvin, acompanhando a apresentação do
grupo musical Nhocuné Soul. A canção foi uma das composições utilizadas na peça
“A Saga do Menino Diamante – Uma Ópera Periférica”, que teve temporada
concluída recentemente, após atrair algumas milhares de pessoas da cidade
inteira, no espetáculo realizado em terreno no Bairro da Patriarca.
Agora, o
mesmo grupo “Dolores” concluía outra “saga”, ocupando por duas semanas, com
teatro, música, dança e debates, esta praça distante cerca de quinhentos metros
da área em que está sendo construída a arena do Corinthians, para a abertura da
Copa de 2014. E nestes últimos dias o povo chegou junto. De diversos cantos da
Zona Leste, e mesmo de outras regiões, vieram militantes, artistas, estudantes,
trabalhadores identificados com a proposta política e artística deste grupo que
deu fortes recados ao programar, para o penúltimo dia, a discussão levada pelos
grupos de Guaianases ligados à “Sexta Socialista” que debateram sobre a ação da
Ocupação na perspectiva da Cultura. Foi muito legal presenciar a rapaziada de
Guaianases, na noite desta última sexta-feira, engrossando a ocupação desta
Praça em Artur Alvin, com as ricas discussões que caracterizam estes coletivos.
Foto exibida no site do Dolores
Já neste sábado, último dia da Ocupação, a Celebração
encerrada pela música do Nhocuné Soul, teve ainda a presença do Unidos do Lona Preta...
...e a inauguração de um
interessante monumento que pode provocar a mudança no nome da Praça. Desconhecemos
o nome atual do local, mas para aqueles e aquelas que estiveram nesta ação a
Praça foi rebatizada como Praça do Elefante Vermelho. Uma primeira impressão de
que o elefante está com a pata levantada,
pelo medo do cerco dos ratos, é afastada com a leitura da placa da obra
que associa a imagem do elefante com a do povo que, um dia, pode reconhecer sua
força, esmagando os ratos que, hoje, fazem a festa. E para não deixar dúvida
desta proposta, ta lá, bem visível, o símbolo que representou, e representa, a
união da classe trabalhadora. A velha e querida foice e seu companheiro martelo
estão de volta.
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